Colégio Santa Cruz investiga ato de racismo e antissemitismo de alunos do ensino médio

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O Colégio Santa Cruz, na zona oeste de São Paulo, publicou nota nesta sexta-feira, 10, expressando “profunda indignação com atos de antissemitismo e racismo praticados por alguns alunos”. Segundo informações do grêmio estudantil, um estudante do 1º ano do ensino médio entregou nessa quinta-feira, 9, uma suástica para um professor de Filosofia da escola. O docente, segundo o Estadão apurou, é negro.

A direção da escola informou, em comunicado ao pais, que está apurando os fatos e “realizando reuniões com os alunos envolvidos e suas famílias para a definição das medidas educacionais cabíveis”.

Colégio Santa Cruz é um dos mais tradicionais da capital paulista
Colégio Santa Cruz é um dos mais tradicionais da capital paulista

“Tais atos ferem os valores do Colégio, que repudia qualquer forma de preconceito e desrespeito ao próximo. Nossos valores são trabalhados incansavelmente pelos educadores com os estudantes”, afirma o texto.

O grêmio estudantil da escola também publicou uma carta aberta, ao qual o Estadão teve acesso, em que oferece solidariedade ao professor de Filosofia e diz que o ato “nos envergonha e horroriza profundamente”. Diz ainda que episódios de manifestação de intolerância vêm se repetindo entre os alunos nos últimos anos.

“Dessa vez não deixaremos passar, não de novo. É dever dessa comunidade ter certeza que atos violentos não sejam normalizados, não dar aos transgressores a impressão de que compactuamos”, afirmam os alunos.

Demissão no Band

Em agosto, o Colégio Bandeirantes demitiu um assistente de ensino da área de Física acusado de antissemitismo. O educador tinha feito postagem nas redes sociais de imagem que dizia “Sionismo é igual Nazismo”. Em seguida o professor dizia em seu perfil: “É isso!”

A escola soube porque foi marcada em postagem de um perfil do Instagram que denuncia o antissemitismo e “agiu de forma imediata”, segundo nota aos pais de alunos. O comunicado diz ainda que a “publicação de cunho antissemita feita por um assistente de ensino nos causou profunda indignação e tristeza”.

O educador trabalhava também como professor no Colégio Lourenço Castanho, na zona sul da capital, que também demitiu o funcionário.

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